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Apresentadores que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia

Apresentadores de podcast que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia Reprodução O Ministério Público do Estado do Ceará (MPC...

Apresentadores que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia
Apresentadores que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia (Foto: Reprodução)

Apresentadores de podcast que chamaram jornalista de 'sapatãozinha' são denunciados por homofobia Reprodução O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou dois apresentadores de um podcast de Juazeiro do Norte por crime de homofobia. A ação tem como vítima uma jornalista da região, que foi alvo de expressões discriminatórias durante um episódio do programa veiculado no dia 1º de setembro. Siga o canal do g1 Ceará no WhatsApp De acordo com a denúncia, feita sexta-feira (26), os dois homens proferiram injúrias de cunho homofóbico contra a profissional. Em determinado momento, a jornalista foi chamada de "sapatãozinha". Além disso, o MP apurou que os acusados teriam insinuado, sem apresentar provas, que a jornalista estaria recebendo dinheiro de políticos em troca de matérias favoráveis. O g1 tentou contato com a defesa dos apresentadores do podcast, João Paulo Ramos e o ex-vereador Janu, mas não obteve resposta. 170 pessoas foram vítimas de homofobia no Ceará em 2024 Pedido de suspensão de redes sociais O MPCE requereu uma série de medidas contra os denunciados. Entre elas, está a suspensão por seis meses das contas do “Na Lata” no Instagram e no YouTube, plataformas onde o conteúdo é hospedado. A promotoria também pede que os apresentadores paguem uma indenização por danos morais no valor de 20 salários-mínimos à vítima, além de mais dez salários-mínimos por danos à coletividade, em virtude do caráter público da ofensa. Para proteger a jornalista, o Ministério Público solicitou à Justiça que os acusados sejam proibidos de entrar em contato com ela e obrigados a manter uma distância mínima de 300 metros. Em trecho da denúncia, o MP destacou a gravidade do crime por ter sido cometido em um programa de amplo alcance nas redes sociais. “Destaque-se, ainda, que o emprego das injúrias homofóbicas ocorreram em programa transmitido em redes sociais de ampla repercussão, o que amplifica a gravidade da ofensa, pois expuseram à vítima ao escárnio público e reforçou práticas discriminatórias que alcançou um número indeterminado de usuários no Instagram”, afirmou. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará: